Apesar da indústria tentar me convencer do contrário a cada minuto, nos últimos anos realmente tenho tido a sensação de que não vale a pena trocar de celular. O que tenho hoje, comprado em 2017 com uma grana extra inesperada, ainda me atende em tudo.

Dito isso, estou sempre de olho no que está rolando no mundo da tecnologia, inclusive com os celulares e, depois de muita baboseira e mais do mesmo, com aparelhos com trocentas câmeras de trocentos megapixels que no fim não fazem diferença alguma, ou processadores mais rápidos e mais memória que só servem para aquecer o aparelho e diminuir a duração da bateria, finalmente alguma coisa me chamou a atenção.

Eu vou comentar aqui sobre alguns recursos que estão muito verdes ainda, mas que prometem um futuro onde haja alguma inovação realmente digna de me fazer gastar meu dinheirinho suado num celular novo.

Carregamento sem fio

Esse até já é um recurso maduro, apenas não é suficiente para motivar uma troca de aparelho. O carregamento sem fio é uma comodidade bacana que, com certeza, está na lista de requisitos para um futuro aparelho.

Uma das coisas mais chatas em celular é a pouca duração da bateria, considerando o uso intenso que se faz deles. Poder deixar o celular carregando naturalmente sempre que não estiver sendo usado é muito interessante e, até é possível fazer isso com o carregador com fio, mas é pouco prático. Além disso, o carregamento sem fio permite ajustar alguns limites de carga que podem ampliar muito a vida útil da bateria, coisa que, com o carregador padrão, não pode ser feita de forma automática.

Tela dobrável

No momento apenas uma curiosidade, as telas dobráveis prometem ser o futuro da indústria. Mais tela ocupando menos espaço é um dos poucos pontos de avanço possível em relação ao design, já muito refinado, dos celulares.

No momento existem dois ou três modelos disponíveis, mas a tecnologia ainda funciona aquém do mínimo. Baixa vida útil, problemas nas dobras, inadequação de software e preços exorbitantes torna pouco atrativo adquirir um aparelho com tela dobrável no momento. No entanto, o formato deve estar maduro em cinco anos, e os preços devem cair para esfera do acessível a reles mortais.

Soft Sim

Os celulares atualmente usam a tecnologia Hard Sim, ou seja, chips físicos que devem ser substituídos sempre que se precisa usar os serviços de uma operadora diferente. Apesar da ideia de trocar de operadora, ou mesmo utilizar mais de uma, não ser tão comum no resto do mundo como é no Brasil, lidar com múltiplos chips é um incômodo.

O Soft Sim vai substituir os chips físicos por software, ou seja, ao invés do chip, haverá um aplicativo para permitir a conexão com a operadora. Com isso, acaba o limite para o número de operadoras simultâneas que poderão ser usados num único aparelho, assim como também a necessidade se adquirir um chip sempre que for necessário usar os serviços de uma operadora.

Conclusão

Enquanto não houver um aparelho que combine esses três recursos, de forma madura, a um preço competitivo, acho que o meu velho companheiro vai permanecer comigo. Não acredito que valha a pena adquirir um novo celular no momento, a não ser que o aparelho que você esteja usando não atenda às suas necessidades.