Não tenho vontade de respostas,
não mais.
Nenhuma resposta vai trazer de volta o que eu perdi,
nenhuma explicação.
Não.
Agora só tenho vontade de conquistas.

Conquistas que, assim como as respostas, não me trarão nada,
mas me levarão a acreditar,
erroneamente e com fé,
que o ato de seguir ainda conserva algum sentido.
Não obstante que tudo em mim grite:
não.

Seguir.
Seguir.
Mesmo que o destino não seja claro,
ou mesmo que seja claro demais e, portanto, cruel.
Conquistas me dissuadirão,
turvarão as certezas,
darão as incertezas tons de água limpa.
Confundirão tudo.
E, no olho dessa mistura,
onde aquilo que acontece é sempre urgente,
conquistarei uma espécie falsa de paz.
Mas que servirá, pois,
no fim,
toda conquista é falsa.